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Dia da Voz



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Hoje é dia 25 de Abril e compete a cada cidadão e cidadã que viva em Portugal dar voz ao dia da Liberdade.
Há 46 anos atrás mudámos de regime político e a voz pode erguer-se outra vez.
Não nasci para assistir a essa data, mas cresci a reconhecê-la.
Todos que me lêem hoje podem fazê-lo, podem partilhar as minhas palavras onde quiserem e podem criticar cada sílaba que escreva, porque este dia trouxe a liberdade para o fazer.
A liberdade será sempre um direito de alta manutenção e como tal, exercê-lo e defendê-lo é o que nos garante que ele subsista.
Devemos isso a cada uma das pessoas que perdeu a vida antes desse direito e para que esse direito fosse conquistado. Devemos isso a cada uma das pessoas que se puderam erguer graças a essa conquista.
E para nós que caminhamos em tradições não católicas (e até não cristãs) esta é uma responsabilidade ainda maior. Foi preciso o 25 de Abril amadurecer 27 anos (!!) para que nascesse a lei da liberdade religiosa! Mas nasceu! É nossa! E é nossa responsabilidade dar-lhe voz e corpo!
Da liberdade de nos exprimirmos, criticar e rir, da liberdade de acreditar e não acreditar, bem como de praticar culto e de reunir, tudo isto é nosso graças a um movimento na primavera de 1974. 
Hoje, em pleno estado de emergência nacional, com as liberdades condicionadas pelo bem da saúde pública, este dia urge de ser marcado, celebrado, cantado, e gritado!
Grata pelo caminho feito e arregaçando as mangas pelo caminho que falta para garantir que as próximas gerações aprendam a continuar. É o nosso dever e a nossa salvação. Unidos, em casa ou na rua, conseguiremos.

Como mulher, cidadã, colega, companheira, mãe, pagã e sacerdotisa politeísta...

...25 de Abril Sempre!




*música de Zeca Afonso, versão e video por Judas Cravo



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