Halloween com uma criança: primeiro acto.


Halloween e um andarilho de criança. É ela. Ela é que andarilha. Por todo o lado da casa! Desafios quotidianos: objectos de risco ao alcance das mãozinhas, caudas incautas de gatos distraídos puxadas sem dó, prateleiras rasteirinhas com objectos que se desfazem em cacos (descacam, portanto) quando em contacto abrupto com o chão, tecidos pendentes de superfícies várias que convidam ao puxão e ribombantes consequências gravitacionais...que se poderão descacar. Desafios acrescidos nesta altura da Roda do Ano: Halloween + enfeites + decor temático + andarilha =...muita reflexão e pesquisa interior relativamente ao sentido da nossa vida no geral e do universo no particular. Vou ser honesta, sou francamente fanzoca do universo halloweenesco. Para lá de fanzoca. Bruxas andrajosas, caldeirões borbulhantes, esqueletos dançantes, caveiras cavernosas, ossinhos e ossadas, aranhas trôpegas várias, morcegos orelhudos, chapéus bicudos, olhos suspeitos, dedos soltos, vampiros dentados, abóboras sinistras, lobisomens pouco tosquiados, múmias mal enroladas, zombies emos, fantasmas por passar a ferro, lápides com piadolas, luas cheias nubladas e  teias de aranha por toda a casa!!! Toda!! Faço questão de passar o resto do ano até Setembro seguinte a apanhar teia perdida por todos os cantos e recantos. Mas o problema mantém-se: cria que anda e destramente apanha coisas. Por cima desta condição, tenho as circunstâncias da vida que me levaram a adquirir e coleccionar inúmeros (inúmeros!) adereços de decor pequenos e potencialmente perigosos (desde que saí da terrinha, vivi sempre em apartamentos com espaço limitado), a saber: esqueletos miniatura, aranhas e aranhinhas, abóboras e abóborinhas, olhos em formato de bola ping pong, dedos unharentos, velas e velinhas...enfim, tudo material pequeno o suficiente para ser arrebanhado e levado àquela santa boquinha ou perigoso para deixar mazelas. Estou de momento a reavaliar a situação e ponderar alternativas ajustadas a estas circunstâncias. Uma palavra tem gritado segurança: Paredes. Se cingir o decor às paredes, pode ser que o decor se safe. E estou seriamente a considerar uma ode ao Halloween aéreo este ano: morcegos, fantasmas, corvos e corujas agoirentos, bruxas em vassouras voadoras, a bela da lua cheia... Enfim, a criatividade como ferramenta de ajuste seguro e confortável. E perguntam vocês, "Mas mãe pagã, e moderares o decor este ano no Hallow..." NUNCA!! 
Hei-de varrer todo o prego desprevenido pelas paredes cá de casa, cada topo de móvel, cada candeeiro ou varão de cortinados.
Quando tiver mais resultados desta aventura, partilharei fotos. Até lá, despedidas fantasmagóricas à prova de crianças.

Notas: vou deixar links de alguns templates de Halloween ou ideias de decor criativas e amigas das crianças no "Mais sobre" desta crónica. Porque nós, mães e pais, merecemos.


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