Ok, temos tudo?
Mala da menina? Fraldas e toalhitas?
Os gatos?
Os livros?
Levamos o vinho?
O pão e as azeitonas?
Presunto?
A menina já dorme?
Trouxemos a garrafa de água?
Liga para o meu telemóvel, por favor...
Os óculo, as pastilhas e a carteira estão na mala...
Pronto.
...trancámos a porta de casa?...
7 meses de diálogos de saída. 7 meses a subir e descer escadas. 7 meses de existência em modo reboque. E que bela e abençoada existência esta.
A nossa casa tem dois gatos, uma bebé, um manjerico, um ateu e uma pagã. E correntes de ar.
Temos um altar no corredor e vários instrumentos musicais espalhados pela casa. E livros. Muitos livros.
Nesta casa, fala-se de história da religião e politica, de bons e maus escritores, de música ouvida e cantarolada e de usos de bacon na cozinha.
Compete-se pelas parecenças da menina, grita-se com os gatos que saltam para cima da mobília e fazem-se sestas sempre que possível.
O dia do Senhor é o dia de Beatles. Os dias da Senhora são todos os outros.
E entre a ausência de Deus e o reconhecimento de todos os Deuses, fazem-se libações e brindes ao alto, para quem cremos e temos connosco.
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